Oi, pessoal, tudo bem? Gostaria de compartilhar com vocês minhas impressões sobre um show ao qual assisti no Rio de Janeiro, no último fim de semana, dia 10/12/12.
Foi na TribOz, uma casa de shows na Lapa, que me foi recomendada pelo Reinaldo do Casseta e Planeta, à Rua Conde de Lage, 19. Na realidade, situa-se na off-Lapa, fronteira com a Glória. Trata-se de um local agradabilíssimo, confortável, super charmoso e decorado com belas máscaras. O dono é Mike Ryan, um australiano que morou na África, daí o toque africano nas máscaras e em outros objetos. Fui recebida por ele e pela bonita Produtora, Jessica Vogel, com muita cordialidade e, embora não houvesse mais lugares disponíveis, cuidaram de instalar-me em uma mesa próxima ao palco, de onde pude curtir a apresentação com extremo conforto. Garçons simpáticos, excelentes tira-gostos, enfim, serviço impecável. Eles realmente são mestres na arte de cativar clientes.
Mas agora, vamos ao show: um quarteto formado por Harvey Wainapel (sax alto, sax barítono e clarinete), norte-americano apaixonado pelo Brasil, já tendo feito vários trabalhos aqui, Bruno Aguillar (baixo acústico), o francês Emile Salbone (bateria) e Vitor Gonçalves (piano). O repertório, impecável: foi desde Wayne Shorter, passando por Moacir Santos, Nelson Ayres, Vitor Gonçalves e Dizzie Gillespie, até Thelonius Monk. Vocês bem podem imaginar o som! Os músicos em sintonia total, além do virtuosismo e da técnica perfeita. Vitor Gonçalves me impressionou sobremaneira, ouvi poucos pianistas de tão alto nível até hoje. Não se tratou, entretanto, de um show para iniciantes. Eu estava acompanhada de Márcio, meu marido, e de Bernardo, meu filho, que é guitarrista e também tem uma banda, Electric Church, que presta tributos a Jimi Hendrix e Black Sabbath, além de ter entre suas preferências musicais bandas de rock pesado, como Slayer, Death, Hirax, Megadeth. Ele também ficou extasiado com o show, tendo dado a este uma excelente definição: Death Metal sem distorção! Já fui a inúmeros festivais e shows de jazz, mas iguais a este, devo dizer que foram poucos, muito poucos mesmo. Vai ficar na memória!
Em breve postarei vídeos e fotos deste massacre.
Gostaria de destacar, também na platéia, a presença do renomado pianista, compositor, arranjador e maestro, Gilson Peranzetta.
Parabéns à toda a equipe da TribOz! Em tempos de lixo musical, é, sem sombra de dúvida, uma bênção ouvir um som de tão alta qualidade, e o que é melhor, em um sábado, não em uma 3ª ou 4ª feira.
Sem dúvida, na minha próxima ida ao Rio de Janeiro, já sei aonde ir!
Leonor Côrtes Falcão
A Dama do Jazz