quinta-feira, 8 de março de 2012

Jazz de primeira no Brasador

Há estabelecimentos que primam tanto pela qualidade dos serviços prestados e de suas instalações quanto pelo alto nível musical de suas atrações. O Brasador- Steakhouse e American Restaurant, situado à Rua Machado Sobrinho, nº 146, no Alto dos Passos em Juiz de Fora, é um deles. As segundas feiras são dedicadas ao jazz, sendo o início das apresentações às 19h e o término às 22h. A nata instrumental da cidade dá o seu recado ao longo de três horas que passam voando.

Na penúltima segunda feira, 27/02, tive a agradável surpresa de reencontrar o excelente pianista e tecladista Toninho Oliveira (ex Fogueira Três), agora integrando o Café Jazz Trio em substituição a Rodrigo Mendes, ao lado dos igualmente talentosos Mário Mendes (trompete) e José Francisco (bateria). Toninho, que já tocou com Dolores Duran, Elizete Cardoso, Nara Leão, Liza Minnelli e Leny Andrade, é um verdadeiro mestre dos teclados e dono de um vastíssimo repertório,que vai do jazz até a bossa nova, passando pela MPB.

Quando vou a shows, costumo fazer alguns pedidos de músicas. Toninho é o único que me atende em 100%. Por seus dedos mágicos passaram, na segunda feira, composições de Thelonius Monk, Oscar Peterson, Dizzy Gillespie, Duke Ellington, Tom Jobim, Ivan Lina, Djavan e João Bosco, com a performance impecável de Mário Mendes (arrasando no trompete) e de José Francisco (bateria nota 10).

Quando grandes músicos tocam juntos uma música que não foi previamente ensaiada, isto não é empecilho para o brilho da apresentação. Os talentos individuais se fundem em perfeitas sincronia e harmonia e o resultado é fantástico. A capacidade de improvisação é condição sinequanon para o jazzista. Foi o que se viu no show.

Nada se compara ao prazer de ouvir música de alta qualidade, em um local charmoso e com ótima gastrnomia. O Brasador está de parabéns!


 Leonor Côrtes Falcão



sábado, 18 de fevereiro de 2012

Andrea Dutra arrasa na noite do TribOz - 04/02/12

Estou de volta, para comentar mais um show, o último ao qual assisti há duas semanas no TribOz, Rio de Janeiro.

A estrela da vez foi a excelente cantora Andrea Dutra que, esbanjando talento e simpatia, apresentou-se com seu trio, formado por: Paulo Malaguti Pauleira- piano; Augusto Matoso- baixo acústico e Rafael Barata- bateria (no samba, não tem para ninguém ). Eles têm linguagem própria e formaram seu vasto repertório durante os cinco anos em que se apresentaram nas tardes de sábado do saudoso Modern Sound. Agradável surpresa e motivo de grande satisfação para nós foi a participação do juizforano radicado no Rio de Janeiro, Domingos Teixeira (Bilinho) ao violão. No dia seguinte, domingo, teríamos o prazer de reencontrá-lo, desta vez na Fundição Progresso, no Concurso de Marchinhas de Carnaval do Fantástico.

O Brasil sempre foi um país rico em cantoras. Muito boas, em sua maioria, mas nem todas com o dom da interpretação. E isso, Andrea tem de sobra. É de causar arrepios.

No 1º set, o repertório passeou de João Donato e Gilberto Gil a João Bosco, Caetano Veloso, Joice e Fátima Guedes.

O 2º set foi dedicado ao mestre dos mestres, Tom Jobim, com, por exemplo, Brigas nunca mais, Tema de amor para Gabriela e Chansong (uma resposta aos que diziam que ele não era Gershwin).

No 3º e último set, houve uma canja de Elisa Queiroz, colega de Andrea no Conjunto Arranco de Varsóvia, interpretando Joni Mitchel. A noite, memorável, terminou com total integração entre músicos e platéia.

Gostaria de ressaltar, ainda, a gentileza e a atenção com que fomos recebidos pela jovem produtora Jessica Vogel, sempre bela e elegante. Parece que já somos conhecidos de longa data.

Se tiverem opirtunidade, visitem o site www.triboz-rio.com . Lá poderão conferir a programação da semana em curso e atestar que poucas casas, mas muito poucas mesmo, são capazes de manter um nível musical de tão excepcional qualidade.

Até a próxima.

Leonor Côrtes Falcão


























terça-feira, 13 de dezembro de 2011

JAZZcina na TribOz


Oi, pessoal, tudo bem? Gostaria de compartilhar com vocês minhas impressões sobre um show ao qual assisti no Rio de Janeiro, no último fim de semana, dia 10/12/12.

Foi na TribOz, uma casa de shows na Lapa, que me foi recomendada pelo Reinaldo do Casseta e Planeta, à Rua Conde de Lage, 19. Na realidade, situa-se na off-Lapa, fronteira com a Glória. Trata-se de um local agradabilíssimo, confortável, super charmoso e decorado com belas máscaras. O dono é Mike Ryan, um australiano que morou na África, daí o toque africano nas máscaras e em outros objetos. Fui recebida por ele e pela bonita Produtora, Jessica Vogel, com muita cordialidade e, embora não houvesse mais lugares disponíveis, cuidaram de instalar-me em uma mesa próxima ao palco, de onde pude curtir a apresentação com extremo conforto. Garçons simpáticos, excelentes tira-gostos, enfim, serviço impecável. Eles realmente são mestres na arte de cativar clientes.

Mas agora, vamos ao show: um quarteto formado por Harvey Wainapel (sax alto, sax barítono e clarinete), norte-americano apaixonado pelo Brasil, já tendo feito vários trabalhos aqui, Bruno Aguillar (baixo acústico), o francês Emile Salbone (bateria) e Vitor Gonçalves (piano). O repertório, impecável: foi desde Wayne Shorter, passando por Moacir Santos, Nelson Ayres, Vitor Gonçalves e Dizzie Gillespie, até Thelonius Monk. Vocês bem podem imaginar o som! Os músicos em sintonia total, além do virtuosismo e da técnica perfeita. Vitor Gonçalves me impressionou sobremaneira, ouvi poucos pianistas de tão alto nível até hoje. Não se tratou, entretanto, de um show para iniciantes. Eu estava acompanhada de Márcio, meu marido, e de Bernardo, meu filho, que é guitarrista e também tem uma banda, Electric Church, que presta tributos a Jimi Hendrix e Black Sabbath, além de ter entre suas preferências musicais bandas de rock pesado, como Slayer, Death, Hirax, Megadeth. Ele também ficou extasiado com o show, tendo dado a este uma excelente definição: Death Metal sem distorção! Já fui a inúmeros festivais e shows de jazz, mas iguais a este, devo dizer que foram poucos, muito poucos mesmo. Vai ficar na memória!

Em breve postarei vídeos e fotos deste massacre.

Gostaria de destacar, também na platéia, a presença do renomado pianista, compositor, arranjador e maestro, Gilson Peranzetta.

Parabéns à toda a equipe da TribOz! Em tempos de lixo musical, é, sem sombra de dúvida, uma bênção ouvir um som de tão alta qualidade, e o que é melhor, em um sábado, não em uma 3ª ou 4ª  feira.

Sem dúvida, na minha próxima ida ao Rio de Janeiro, já sei aonde ir!

Leonor Côrtes Falcão
A Dama do Jazz

quarta-feira, 17 de março de 2010

King Crimson - In the Court of the Crimson King (1969)








In the Court of the Crimson King é um álbum da banda inglesa de rock progressivo King Crimson.

O disco foi muito importante e influente no desenvolvimento do rock psicodélico, do rock progressivo e do heavy metal. Combina uma musicalidade excepcional e letras poéticas. Em certa ocasião, foi dito que a banda fazia "heavy metal inteligente".

A primeira faixa, 21st Century Schizoid Man, é provavelmente a mais conhecida da banda, contando com vocais distorcidos e uma sonoridade veloz e agressiva por parte da guitarra e do saxofone. O clima muda abruptamente com uma faixa suavemente melódica chamada I Talk to the Wind. Moonchild é uma música psicodélica éterea, que é encerrada com uma improvisação delicada e calma. Tanto Epitaph quanto a faixa-título, In the Court of the Crimson King, apresentam orquestrações com mellotron.
O disco foi remasterizado e relançado no final da década de 90.

Faixas
   1. "21st Century Schizoid Man" (Fripp/McDonald/Lake/Giles/Sinfield) 7:20, incluindo: "Mirrors"
   2. "I Talk to the Wind" (McDonald/Sinfield) 6:05
   3. "Epitaph" (Fripp/McDonald/Lake/Giles/Sinfield) 8:47, incluindo: "March for no Reason" & "Tomorrow and Tomorrow"
   4. "Moonchild" (Fripp/McDonald/Lake/Giles/Sinfield) 12:11, incluindo: "The Dream" & "The Illusion"
   5. "The Court of the Crimson King" (McDonald/Sinfield) 9:22, incluindo: "The Return of the Fire Witch" & "The Dance of the Puppets"

Músicos

    * Robert Fripp (guitarra)
    * Ian McDonald (sopros, mellotron, teclados, vocais de apoio)
    * Greg Lake (baixo, vocal)
    * Michael Giles (bateria, percussão, vocais de apoio)
    * Peter Sinfield (letras e iluminação)






Miles Davis - Call It Anythin' - Live at the Isle of Wight '70

Show de um dos maiores gênios do Século XX, no Festival da Ilha de Wight, em 29 de agosto de 1970.

Quando questionado quanto ao nome da música, Miles respondeu "Call it Anythin'", algo como "Chame de qualquer coisa" ou "Chame como quiser".

Às vezes pego-me imaginando como teria sido esta chacina se John McLaughlin' ainda estivese na banda...

Um registro sublime de um dos momentos mais iluminados deste MONSTRO, Miles Davis.

Call it Anythin'

Miles Davis: trumpet

Gary Bartz : soprano alto

Chick Corea : electric piano

Keith Jarrett organ

Dave Holland: bass, electric bass

Jack DeJohnette: drums

Airto Moreira: percussion


Arquivo em MP3 (Rapidshare):

Miles Davis - Call It Anything - Live at the Isle of Wight '70

Senha: http://damadojazz.blogspot.com/


Abaixo, a filmagem.